sexta-feira, 1 de maio de 2009

Câmara de Lisboa vai começar a usar água reutilizada para lavar ruas e regar zonas verdes

“A Câmara Municipal de Lisboa vai deixar de lavar as ruas e regar as zonas verdes da cidade com água potável da EPAL. Em Maio arranca a primeira fase do processo que vai beneficiar primeiro as freguesias de Marvila e Olivais.Hoje, os camiões-cisterna da autarquia são abastecidos com água da EPAL. A partir de Maio, e graças a um acordo com a SIMTEJO, será possível abastecer nas ETAR (estação de tratamento de águas residuais) de Chelas e de Beirolas, beneficiando Marvila e Olivais.Segundo o vereador José Sá Fernandes - com o pelouro do Ambiente, Espaços Verdes, Plano Verde, Higiene Urbana e Espaço Público -, esta é apenas a primeira fase de um processo que, no futuro, se quer alargar a toda a cidade, quando a ETAR de Alcântara estiver preparada. “Estamo-nos a preparar para fazer uma espécie de canalização para levar a água reutilizada desde Alcântara até Alfama, beneficiando toda a frente ribeirinha”, contou o vereador ao PÚBLICO.A autarquia também pretende levar a água reutilizada da ETAR de Chelas ao Golfo da Bela Vista.Além de disponibilizar pontos de abastecimento para os camiões-cisterna, serão criados pontos de rega um pouco por toda a cidade.“Claro que esta primeira fase ainda terá um benefício reduzido mas é um sinal e um princípio”, comentou, referindo-se a uma solução para um problema ambiental.Câmara vai começar a substituir lâmpadas de semáforosO plano de poupança de recursos naturais levou a autarquia, através da agência Lisboa E-Nova, a substituir as 1418 lâmpadas de 567 semáforos na Avenida da Liberdade e na Baixa Pombalina por ópticas LED, mais eficientes. Esta medida, a implementar durante o mês de Maio, permitirá evitar um consumo de 439.934 kWh e evitar a produção de 162 toneladas de dióxido de carbono por ano. Estes números traduzem-se num benefício económico anual de 32.907 euros. A iniciativa deverá ser alargada ao resto da cidade.Além da utilização em semáforos, a autarquia quer experimentar utilizar as ópticas LED em candeeiros, adiantou Sá Fernandes. Para isso começa em Maio a fazer experiências no Parque Eduardo VII.Ainda quanto à iluminação pública, a autarquia substituiu o único relógio que ditava a hora em que se acendiam e apagavam os candeeiros em toda a cidade por um sensor que actua de acordo com a luz. “Esta medida já nos permitiu poupar milhares de euros”, acrescentou.A poupança abrange ainda os veículos da câmara. “Neste momento já retirámos 200 carros da nossa frota”, através de uma melhor gestão das actividades, e “queremos que os carros do lixo tenham o gás natural como combustível”.”

Helena Geraldes – Público

Aluna n.º 14668

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