A revisão da Lei das Pedreiras (Decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de Outubro) lançou a figura dos Estudos Integrados de Exploração e Recuperação Paisagística de Núcleos de Pedreiras, para dar resposta a questões ambientais inerentes aos impactes cumulativos e compensar as restrições de ordenamento traduzidas nos Planos Directores Municipais de primeira geração, que não acautelaram a natural expansão das pedreiras então existentes. Actualmente ainda só está em curso um estudo deste género, promovido pelos areeiros da Mata de Sesimbra (Estudos Integrados das Pedreiras de Areia e Argila da Mata de Sesimbra).
A ideia é fazer uma recuperação integrada, «em vez de se estar a fazer uma manta de retalhos», explica Mário Bastos, director-geral da Visa Consultores. No projecto em causa, serão intervencionados 3 pedreiras de argila e 4 de areia, que apresentavam uma licença mas precisavam de expandir-se.
«Os planos de ordenamento não permitiam esta expansão, pelo que aproveitamos o plano de pormenor de Sesimbra para relançar o problema. É que, sendo um núcleo de pedreiras contíguas, faz mais sentido estabelecer um modelo de gestão que permita uma gestão integrada, o que resulta no melhor aproveitamento do recurso (sem perdas) e em muitas vantagens ambientais», assevera Mário Bastos.
«Os planos de ordenamento não permitiam esta expansão, pelo que aproveitamos o plano de pormenor de Sesimbra para relançar o problema. É que, sendo um núcleo de pedreiras contíguas, faz mais sentido estabelecer um modelo de gestão que permita uma gestão integrada, o que resulta no melhor aproveitamento do recurso (sem perdas) e em muitas vantagens ambientais», assevera Mário Bastos.
EIA em Junho
O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) deste projecto, que envolve cinco empresas distintas, deverá ser entregue em Junho à Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Algumas pedreiras terão um prazo de exploração de cinco anos, outras de 15 e de 25 anos, e áreas de trabalho devidamente definidas. A gestão integrada deverá permitir, por exemplo, a redução do ruído e das emissões de dióxido de carbono, através da utilização de uma entrada única para os camiões nas pedreiras.
«É como se fosse uma única grande pedreira. Há um melhor aproveitamento e gestão dos recursos», explica o director-geral da Visa Consultores.
Mário Bastos lembra que a sua empresa já elaborou 8 ou 9 projectos deste tipo até á existência desta legislação, mas a falta de enquadramento legal impediu que estes fossem implantados.
Sem comentários:
Enviar um comentário