Um ano depois de ser publicado o diploma que regula a gestão dos resíduos de construção e demolição [RCD], a Quercus avança com uma proposta que obrigue, até 2020, à incorporação mínima de 5 por cento de materiais reutilizados e reciclados em obras públicas, com o objectivo de promover o crescimento das taxas de reciclagem de RCD em Portugal. A proposta foi já entregue na Agência Portuguesa do Ambiente e teve, segundo a associação ambientalista, «boa receptividade».
«Esta medida pretende promover o escoamento de materiais reciclados, como as fracções inertes resultantes dos processos de triagem e reciclagem, provenientes de instalações de tratamento de RCD, que devido ao difícil escoamento são armazenados e, muitas vezes, encaminhados para deposição em aterro», lê-se numa nota da associação.
Com esta proposta, a Quercus pretende também que as obras públicas incorporem materiais sustentáveis, de acordo com as metas de reciclagem definidas pela Directiva Quadro dos Resíduos, que aponta para taxas de 70 por cento, até 2020. Entre vários exemplos de materiais reutilizáveis e recicláveis, a associação salienta os agregados inertes reciclados, o BMB (betume modificado com borracha), o equipamento produzido em plástico reciclado e plástico misto, os revestimentos e isolamentos reciclados (borracha, cortiça, EPS ou pladur) e o vidro reciclado.
Apesar das exigências da lei, a Quercus fala na existência de casos de «incumprimento» por parte dos donos de obra. Por outro lado, os operadores licenciados para o tratamento dos RCD «continuam a queixar-se com a falta de resíduos de obras para reciclar, bem como da relutância de muitos donos de obra em experimentar os materiais reciclados e a incorporá-los nos cadernos de encargos», lê-se no documento.
in, Portal ambiente online
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