domingo, 24 de maio de 2009

Nuno Lacasta «É essencial uma estratégia de adaptação às alterações climáticas»

Até ao final desta legislatura, será apresentada a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas. No que respeita à mitigação, Portugal tem cumprido e até superado as metas traçadas no âmbito do Plano Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC) para o sector da energia, à excepção dos biocombustíveis.


Quem o garante é Nuno Lacasta, coordenador da Comissão internministerial para as Alterações Climáticas. Está estimado pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas e pelo relatório Stern de Alterações Climáticas, que a Península Ibérica será, provavelmente, a região europeia mais afectada pela mudança do clima. E, no caso de Portugal e de Espanha, «temos dois dos mais importantes impactos, em termos de recursos hídricos e zonas costeiras. Por essa razão, é absolutamente essencial desenvolvermos uma estratégia de adaptação», refere Nuno Lacasta, em entrevista ao jornal Água&Ambiente.


No que toca ao PNAC, segundo o responsável existem «boas notícias ao nível das energias renováveis». No ano passado, por exemplo, pela primeira vez, Portugal atingiu uma produção de energia eléctrica através de fontes renováveis superior a 40 por cento. «A nossa meta comunitária é de 39 por cento. Nós já estamos um pouco acima dos 40 por cento e, portanto, em linha com a meta unilateral portuguesa de 45 por cento», frisa.


Em relação aos biocombustíveis, «estamos aquém daquilo que estava previsto. É resultado, também, da flutuação de preços das matérias-primas, que têm sido muito voláteis, mas a verdade é que temos de fazer um esforço adicional para poder cumprir a meta de biocombustíveis», alerta.

Sem comentários:

Enviar um comentário