segunda-feira, 25 de maio de 2009

Desenvolvimento Sustentável

POR UM FUTURO MELHOR

A Caixa Geral de Depósitos integra no seu modelo de negócio preocupações sociais e ambientais, traduzidas em acções concretas, para garantir um desenvolvimento sustentável. Actuação que faz da Caixa mais do que um Banco.
É UMA LEITURA FASCINANTE: durante dois meses, uma equipa de cientistas portugueses manteve no site da Caixa Geral de Depósitos o diário de uma expedição única às portas da Antárctida. Cinco jovens investigadores instalaram-se no arquipélago das ilhas Shetland do Sul, entre a ponta austral da Argentina e o vasto continente gelado, integrados em equipas internacionais de cientistas com a missão de medir o impacto das alterações climáticas na camada de gelo da Antárctida. No diário de campanha dos cinco portugueses, podemos ler as reflexões quotidianas de uma equipa dividida por três bases de pesquisa internacionais, a braços com os desafios de uma investigação científica da maior importância, mas também com as dificuldades da logística, as condições de vida num ambiente polar e as alegrias do convívio com cientistas internacionais (pode ler mais sobre esta campanha nas páginas 36 e 37 desta edição da Caixa em Revista). Mas porque está este diário de campanha alojado no site www.cgd.pt? Porque a Caixa Geral de Depósitos, no âmbito do combate às Alterações Climáticas, está a desenvolver o Programa Nova Geração de Cientistas Polares, em parceria com o Comité Português para o Ano Polar Internacional.
Mas o apoio da Caixa Geral de Depósitos a este Programa é apenas um exemplo, entre muitos, do compromisso da Caixa com a sustentabilidade ambiental. Este compromisso com o ambiente evidencia uma estratégia mais vasta por parte da Caixa. Uma estratégia de quem desenvolve o seu negócio presente sem nunca pôr em causa o futuro. A estratégia de uma empresa social e ambientalmente responsável, empenhada em garantir que entregaremos aos nossos filhos um mundo tão bom ou melhor do que aquele que herdámos dos nossos pais.
O papel que as empresas devem assumir, para ajudar a construir uma sociedade mais justa e equilibrada, está cada vez mais na ordem do dia, sobretudo desde que um conjunto de falências de gigantes corporativos a nível global desencadeou uma grave crise financeira internacional e revelou os limites de uma visão empresarial de curto prazo, assente em conquistar resultados rápidos sem se preocupar com a sustentabilidade futura do negócio e do Planeta. Sustentabilidade é, portanto, uma preocupação crescente das sociedades nos tempos que correm. Em Portugal, a Caixa Geral de Depósitos assumiu um papel de liderança neste campo-o que, na verdade, não surpreende, uma vez que, desde a sua fundação, há 133 anos, sempre teve preocupações sociais ligadas à gestão de poupanças dos mais desfavorecidos e ao fomento da economia e que, hoje, em tempo de crise económica, de dificuldade social e emergência ambiental, são mais actuais do que nunca.

Compromisso com o futuro
A melhor definição de Sustentabilidade é, talvez, a que, no relatório Brundtland, da Comissão Mundial das Nações Unidas para o Ambiente e desenvolvimento, de 1987, define o desenvolvimento Sustentável como: “aquele que satisfaz as necessidades das gerações actuais sem colocar em perigo a satisfação das necessidades futuras”. No que respeita à actividade das empresas, isto significa não só assegurar o crescimento progressivo do negócio, procurando uma melhoria constante dos resultados, mas implica, também, acautelar, além da dimensão económica, as dimensões social e ambiental da actividade. Uma empresas sustentável não se preocupa apenas em aumentar as vendas e o negócio, mas também em acautelar os direitos sociais dos seus colaboradores e de todos os que se relacionam com a organização, garantindo um uso eficiente dos recursos naturais que consome no exercício da sua actividade. Os bancos têm, neste aspecto, uma responsabilidade acrescida. Dado que o sector financeiro é o motor da economia, as instituições bancárias estão em posição de, adoptando políticas de sustentabilidade, promover boas práticas junto dos vários sectores da sociedade.
Isso exige uma gestão transparente e eficaz, que contabilize os custos e benefícios económicos, mas também os custos sociais e ambientais-e saiba fazer uma gestão rigorosa e equilibrada de todos estes riscos. De facto, existe, hoje, uma consciência global de que a actividade das empresas tem reflexos na sociedade em geral. É por isso que as organizações devem ser geridas de forma transparente e responsável, acautelando os interesses de todos, incluindo os das gerações futuras, respeitando princípios essenciais, como o respeito pelos direitos humanos, a preservação ambiental e o progresso social da comunidade em que se inserem.
A Caixa Geral de Depósitos é um líder natural neste campo. Mais do que um Banco, a Caixa tem sido, desde a sua fundação, um instrumento de promoção da poupança e de incentivo ao empreendedorismo e ao desenvolvimento da economia portuguesa, abrindo novas oportunidades de prosperidade a estratos da população que não tinham acesso a serviços bancários. E o que era verdade há 133 anos atrás continua a sê-lo hoje. Um exemplo: a concessão de microcrédito, na Caixa, que se tem revelado uma arma fundamental no combate à pobreza e à exclusão social. Para apoiar esta actividade, a CGD criou, recentemente, uma Agência Central para o Microcrédito que centraliza as actividades do banco neste campo. Trata-se de conceder créditos de pequenos montantes a pessoas que, em circunstâncias normais, não conseguiriam aceder aos produtos financeiros comuns. Em termos de negócio, é uma área com pouca expressão, mas, em termos sociais, faz toda a diferença: graças a este esforço, já foi possível apoiar quase um milhar de famílias na abertura dos seus negócios e na criação do seu próprio emprego, promovendo a sua inclusão no tecido produtivo nacional.

Boas Práticas: um compromisso com a comunidade
A CGD é conhecida pelas suas acções a nível social, nomeadamente pela parceria com a associação Entrajuda para a dinamização da Bolsa do Voluntariado e pelo apoio a projectos sociais específicos-muitas vezes, iniciativas locais de pequena dimensão, que as suas Agências, no terreno, fazem questão de apoiar. Outras iniciativas da Caixa visam criar uma cultura de poupança (ambiental e económica) e de responsabilidade financeira entre os mais novos. O Ciclo da Poupança e o Caixamat são dois exemplos de programas dedicados às crianças e jovens, que têm sido muito bem sucedidos na criação de uma literacia financeira e na qualificação dos mais novos em áreas fundamentais, como a Matemática. Há também a considerar o apoio permanente que a Caixa Geral de Depósitos concede à Cultura, ao Desporto e a instituições de solidariedade social por todo o país.
Consciente de que, pelo seu envolvimento próximo das famílias e empresas, um Banco pode ajudar a alertar consciências e a alterar comportamentos (e ainda mais, sendo um banco líder de mercado).

Programa Caixa Carbono Zero
O Programa Caixa Carbono Zero 2010 concretiza a estratégia da Caixa para as Alterações Climáticas. Um programa de intervenção com cinco vectores de actuação.
O primeiro é a informação: a caixa contabiliza, hoje, todas as emissões de gases com efeito de estufa resultantes da sua actividade, em todo o País, incluindo o consumo de energia nas suas instalações e os impactos ambientais resultantes da utilização da sua frota automóvel.
O segundo vector de actuação do Caixa Carbono Zero consiste na redução dos consumos de energia e das emissões de carbono. A CGD aposta na aquisição de viaturas de maior eficiência ambiental e em planos internos de mobilidade que reduzem a necessidade de deslocações de trabalho-nomeadamente, investindo em novas tecnologias de comunicação. O investimento na reciclagem e valorização de resíduos e na poupança de consumos energéticos em todos os edifícios da Caixa são outros dois bons exemplos. Mas a obra emblemática neste campo é, sem dúvida, a instalação da maior central solar térmica do País na cobertura do Edifício-Sede da CGD, em Lisboa. A central, em conjunto com outras medidas de eficiência energética, permite poupar a energia eléctrica equivalente ao consumo anual de 2000 pessoas e evitar e emissão de mais de 1700 toneladas de CO2 por ano-o equivalente à capacidade de absorção de mais de 170 mil árvores.
O terceiro vector de abordagem é o negócio. Os custos ambientais traduzem-se, cada vez mais, no mercado, pelo que aumentar a eficiência energética poupa dinheiro aos particulares e incrementa a competitividade das empresas. Ciente disso, a Caixa tem vindo a lançar soluções financeiras que aproveitam esta oportunidade-desde produtos de crédito para o financiamento à instalação de energias renováveis em casas particulares e em empresas, até à parceria estabelecida com a EDP para o Programa My Energy, uma solução integrada de microgeração para pequenos e médios consumidores, que inclui tecnologia solar, fotovoltaica e eólica. Merece, ainda, destaque, o Cartão Caixa Carbono Zero-um cartão de crédito que facilita o acesso a produtos e serviços de baixo carbono e financia projectos de Floresta em Portugal.
O quarto vector do Programa Caixa Carbono Zero é a comunicação, apostada em disseminar uma literacia do carbono. Trata-se de sensibilizar a sociedade para a necessidade de diminuir a emissão de CO2 e adoptar estilos de vida sustentáveis, alertando, ao mesmo tempo, as famílias e as empresas para os custos financeiros de um estilo de vida que não leve em conta as responsabilidades ambientais. É um trabalho que a Caixa está a levar a cabo com sucesso, sustentado em acções de grande impacto como o Concurso de Mobiliário com Materiais Reciclados, que está já na segunda edição, e em iniciativas como a Floresta Caixa, que promove programas de florestação pelo país, mobilizando centenas de voluntários da CGD e das entidades envolvidas.
Por último, a Caixa definiu um programa de compensação de emissões que não é possível evitar que consiste no financiamento de projectos que retenham ou evitem carbono em quantidade equivalente. Para já, a Floresta Caixa é o rosto deste esforço, mas a CGD vai, também, investir em projectos tecnológicos que garantam a redução de emissões.

Para lá da lei

A Sustentabilidade e a Responsabilidade Social vão muito para além da lei. A lei portuguesa e internacional tem vindo a debruçar-se, cada vez mais, sobre obrigações de transparência e prestação de contas das empresas. O empenho em proteger o futuro é uma responsabilidade que a Caixa Geral de Depósitos adopta voluntariamente. Trata-se de garantir que o Banco respeita a sociedade em que se insere, protegendo os recursos naturais que são de todos e distribuindo, com preocupação social, a riqueza que gera-desde logo, através da remuneração dos depósitos dos seus clientes, ou da participação dos colaboradores nos lucros da empresa. A Sustentabilidade é um imperativo ético que a Caixa assume com orgulho.
Neste âmbito, e numa linha de transparência, o Relatório de Sustentabilidade-um documento que agrupa todo o esforço efectuado neste domínio ao longo dos últimos anos-demonstra, objectivamente, a liderança da CGD no domínio da Sustentabilidade em Portugal e reflecte o contributo de todas as pessoas que fazem a Caixa Geral de Depósitos: fornecedores, colaboradores e a comunidade portuguesa em geral. Uma instituição que continuará a ser, por muitos e bons anos, uma âncora de confiança para todos.


In Caixa em Revista, nº30. Março 2009, ano 5, páginas 15-19.

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