quarta-feira, 20 de maio de 2009

Oito espécies da flora portuguesa em perigo de extinção

Oito plantas, das quais sete só existem em Portugal, estão classificadas como espécies "em perigo crítico" de extinção, segundo o Plano Nacional de Conservação da Flora em Perigo. Hoje comemora-se o Dia Mundial da Conservação de Plantas.
O relatório final da primeira fase deste plano (Março de 2007) indica que sete destas espécies só existem em Portugal: corriola do Espichel (Convolvulus fernandesii ), Linaria ricardoi, narciso do Mondego (Narcisus scarberulus), miosótis-das-praias (Omphalodes kuzinskyanae), diabelha do Algarve (Plantago algarbiensis), diabelha do Almograve (Plantago almogravensis) e álcar do Algarve (Tuberaria major). A oitava planta, conhecida como trevo-de-quatro-folhas (Marsilea quadrifolia), existe em vários países, mas tem vindo a regredir em Portugal.
Todas estas espécies ocupam uma área de distribuição reduzida. sendo o principal objectivo deste projecto contribuir para a sua conservação.
A corriola do Espichel encontra-se restrita às áreas do cabo Espichel e litoral da serra da Arrábida, enquanto a Linaria ricardoi prefere o Baixo Alentejo Interior. O trevo-de-quatro-folhas habita essencialmente locais inundados e margens de rios (bacias de Vouga, Lima, Minho e Douro). O narciso do Mondego, uma planta com flores amarelas que ocorre em áreas abertas e clareiras florestais, prefere, como o nome indica, a bacia do Mondego.
A área de distribuição do miosótis-das-praias é igualmente muito reduzida, já que se encontra na totalidade no Parque Natural Sintra-Cascais. Da diabelha do Algarve conhecem-se apenas três núcleos, que ocupam 50 hectares, estando um destes inserido no Sítio de Importância Comunitária do Barrocal. A população conhecida não ultrapassa os dez mil indivíduos. Ainda mais escassa é a população de diabelha do Almograve (três a quatro mil exemplares).
Quanto ao álcar do Algarve, os cerca de dez mil espécimes existentes estão espalhados pelos solos arenosos do litoral algarvio, nos concelhos de Faro, Olhão e Loulé. Lusa

( in Público, 18 de Maio de 2009)

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