sexta-feira, 8 de maio de 2009

Autarca alerta para risco de catástrofe ambiental na Lagoa de Óbidos

A Lagoa de Óbidos corre o risco de fechar e provocar a morte de toneladas de peixe e marisco, alerta Fernando Costa, presidente da Câmara das Caldas da Rainha.O autarca responsabilizou o Instituto da Água (Inag) e o Ministério do Ambiente por uma eventual catástrofe ambiental. “A aberta está tão estreita que, neste momento, o equilíbrio da lagoa está em perigo”, afirmou, reagindo a uma resposta do Ministério do Ambiente a um requerimento do deputado Feliciano Barreiras Duarte (PSD). O ministério remete as dragagens para o final de 2010 ou primeiro semestre de 2011.O ministério afirma que “não é viável efectuar de imediato dragagens de pequeno ou grande porte na lagoa”.“De um momento para o outro, a lagoa como está pode fechar”, diz Fernando Costa. O autarca teme que aquele ecossistema se “transforme num pântano”.A deslocação da aberta para Sul e a redução do areal da Foz do Arelho para “cerca de 20 por cento do tamanho da praia” já tinham levado o presidente a propor ao Instituto da Água que autorizasse as câmaras de Caldas e Óbidos a fazerem por ajuste directo pequenas dragagens, “antes das intervenções que o Instituto tinha prometido para Maio”.Porém, o Inag não respondeu ainda ao pedido nem avançou com as dragagens previstas para este mês o que leva Costa a desabafar: “Começo a acreditar que é preciso uma catástrofe para o Inag e o Ministério do Ambiente virem a correr intervir na lagoa”.Se a lagoa fechar, diz o autarca, “tem mesmo que haver intervenção, a não ser que o ministro e o Inag queiram vir assistir ao mais triste espectáculo em termos ecológicos”.

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