Perante a instabilidade económica global, e o consequente aumento do desemprego, importa pensar nas oportunidades que surgem da crise. O greening da economia surge como incontornável num cenário em que as alterações climáticas ditam a emergência de novos mercados, novos negócios e novas tecnologias. O futuro da economia, segundo confirmam os especialistas contactados pelo AmbienteOnline, passa pelo “verde”. De resto, a criação de uma economia mais limpa, que proporcione a criação de empregos verdes, é um dos princípios básicos do Dia Mundial da Terra, que se celebrou no dia 22 de Abril.
Energia, água e resíduos são áreas que, futuramente, conhecerão um novo fôlego nos próximos anos em todo o mundo, e Portugal não é excepção. As tecnologias limpas e de eficiência energética granjeiam os principais investimentos. Só no campo da energia deverão ser investidos 18 300 milhões de euros até 2014, uma quantia absorvida em 50 por cento pelas renováveis. Dados da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren) apontam para a disponibilização de mais de 6 mil milhões de euros de investimento privado nas energias renováveis até 2010.
De acordo com Afonso Lobato Faria, director de Desenvolvimento Sustentável do Instituto de Soldadura e Qualidade, a hídrica, a eólica e o solar térmico estarão na base dos grandes negócios do futuro. O especialista admite que o sector da energia é mesmo o que apresenta «o maior potencial de crescimento» nos próximos anos, com reflexos positivos na criação de empregos ligados à indústria que sustenta o sector.
Um estudo recente da Organização Internacional do Trabalho indica que a energia renovável irá gerar mais emprego do que os combustíveis fósseis – os investimentos neste segmento deverão contribuir para a criação de, pelo menos, 20 milhões de empregos. Este número reparte-se entre os 2,1 milhões de trabalhadores no segmento eólico; 6,3 milhões no solar, e 2030; e cerca de 12 milhões de empregos nos biocombustíveis relacionados com a agricultura e a indústria.
Água é oportunidade de negócio
Lobato Faria estima ainda que «todos os negócios relacionados com o uso mais eficiente da água, ou seja, com a redução do consumo de água na indústria, na agricultura e no sector doméstico», podem vingar nos próximos anos. O aumento do preço da água será, na opinião do especialista, a alavanca para o crescimento do sector. A opinião é partilhada por Carlos Martins, presidente da Comissão Executiva da Simtejo, que defende que a reutilização de águas residuais tratadas e a eficiência energética das instalações dos sistemas de tratamento de água e águas residuais configuram novas oportunidades de negócio.
Também Jaime Melo Baptista, presidente do Instituto Regulador de Águas e Resíduo, reconhece um «elevado potencial genérico de desenvolvimento empresarial» aos sectores da água e resíduos
Eficiência faz crescer novos mercados
Actualmente, defende Eduardo Oliveira Fernandes, professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal é «irresponsável» no uso dos recursos energéticos, pelo que «o negócio com maior potencial resultará do despertar para uma consciência da necessidade e do potencial tecnológico e de serviços (emprego) da promoção da eficiência energética».
O especialista acredita no aparecimento massivo de empresas de pequena e média dimensão, nas áreas da auditoria, projectos térmicos e de certificação de edifícios, programas de manutenção, painéis solares, novos sistemas de queima de biomassa, isolamento térmico das habitações, sistema de aquecimento e de ventilação modernos e fiáveis.
De acordo com o relatório “Empregos Verdes: Trabalho Decente num mundo sustentável e com baixas emissões de carbono”, os investimentos no aumento da eficiência energética dos edifícios podem criar 2 a 3,5 milhões de empregos verdes na Europa e nos Estados Unidos. O documento afirma ainda que, para acelerar o crescimento dos empregos verdes, é necessário obter um novo acordo sobre o clima, mais decisivo e abrangente, quando os países se reunirem em Copenhaga, no final de 2009.
Energia, água e resíduos são áreas que, futuramente, conhecerão um novo fôlego nos próximos anos em todo o mundo, e Portugal não é excepção. As tecnologias limpas e de eficiência energética granjeiam os principais investimentos. Só no campo da energia deverão ser investidos 18 300 milhões de euros até 2014, uma quantia absorvida em 50 por cento pelas renováveis. Dados da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren) apontam para a disponibilização de mais de 6 mil milhões de euros de investimento privado nas energias renováveis até 2010.
De acordo com Afonso Lobato Faria, director de Desenvolvimento Sustentável do Instituto de Soldadura e Qualidade, a hídrica, a eólica e o solar térmico estarão na base dos grandes negócios do futuro. O especialista admite que o sector da energia é mesmo o que apresenta «o maior potencial de crescimento» nos próximos anos, com reflexos positivos na criação de empregos ligados à indústria que sustenta o sector.
Um estudo recente da Organização Internacional do Trabalho indica que a energia renovável irá gerar mais emprego do que os combustíveis fósseis – os investimentos neste segmento deverão contribuir para a criação de, pelo menos, 20 milhões de empregos. Este número reparte-se entre os 2,1 milhões de trabalhadores no segmento eólico; 6,3 milhões no solar, e 2030; e cerca de 12 milhões de empregos nos biocombustíveis relacionados com a agricultura e a indústria.
Água é oportunidade de negócio
Lobato Faria estima ainda que «todos os negócios relacionados com o uso mais eficiente da água, ou seja, com a redução do consumo de água na indústria, na agricultura e no sector doméstico», podem vingar nos próximos anos. O aumento do preço da água será, na opinião do especialista, a alavanca para o crescimento do sector. A opinião é partilhada por Carlos Martins, presidente da Comissão Executiva da Simtejo, que defende que a reutilização de águas residuais tratadas e a eficiência energética das instalações dos sistemas de tratamento de água e águas residuais configuram novas oportunidades de negócio.
Também Jaime Melo Baptista, presidente do Instituto Regulador de Águas e Resíduo, reconhece um «elevado potencial genérico de desenvolvimento empresarial» aos sectores da água e resíduos
Eficiência faz crescer novos mercados
Actualmente, defende Eduardo Oliveira Fernandes, professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal é «irresponsável» no uso dos recursos energéticos, pelo que «o negócio com maior potencial resultará do despertar para uma consciência da necessidade e do potencial tecnológico e de serviços (emprego) da promoção da eficiência energética».
O especialista acredita no aparecimento massivo de empresas de pequena e média dimensão, nas áreas da auditoria, projectos térmicos e de certificação de edifícios, programas de manutenção, painéis solares, novos sistemas de queima de biomassa, isolamento térmico das habitações, sistema de aquecimento e de ventilação modernos e fiáveis.
De acordo com o relatório “Empregos Verdes: Trabalho Decente num mundo sustentável e com baixas emissões de carbono”, os investimentos no aumento da eficiência energética dos edifícios podem criar 2 a 3,5 milhões de empregos verdes na Europa e nos Estados Unidos. O documento afirma ainda que, para acelerar o crescimento dos empregos verdes, é necessário obter um novo acordo sobre o clima, mais decisivo e abrangente, quando os países se reunirem em Copenhaga, no final de 2009.
Autor / Fonte
Marisa Soares (www.ambienteonline.pt)
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