terça-feira, 28 de abril de 2009

Centro de tratamento de resíduos não perigosos inaugurado amanhã em Famalicão

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, inaugura quarta-feira em Famalicão, o Centro de Valorização de Resíduos Industriais Não Perigosos, o único do norte do país que vai operar para o mercado nacional, anunciou hoje fonte da autarquia.O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, adiantou que o Centro, que contempla a criação de 20 postos de trabalho, implicou um investimento de cinco milhões de euros da empresa promotora, a Valor-Rib, estando previsto um investimento semelhante durante os 17 anos de vida estimada do equipamento. O investimento é da Valor-Rib, uma sociedade maioritariamente participada pela empresa de obras públicas local Amândio de Carvalho SA e pelos espanhóis da Cespa, que integra entre os sócios o ex-dirigente ambientalista e antigo presidente da Assembleia Municipal de Famalicão, Joaquim Loureiro. Para o autarca social-democrata, "com o novo equipamento, o concelho, que já resolveu o problema dos resíduos domésticos, fica na vanguarda da preservação do ambiente". Com luz verde do Governo, nomeadamente da área ambiental, o Centro foi instalado no Monte do Xisto, na freguesia de Fradelos, num terreno de 32 hectares afastado de zonas residenciais. A unidade integra três sectores: um aterro para resíduos não perigosos, um centro de triagem de produtos valorizáveis e uma plataforma de tratamento de inertes da construção. Segundo fonte da autarquia, a empresa estima receber anualmente um total de cem mil metros cúbicos de resíduos. A nível dos inertes oriundos da construção civil, está preparado para reciclar 80 por cento dos resíduos. No caso dos resíduos industriais, a matéria reciclável atinge os 30 por cento. O centro destina-se a reciclar os resíduos não perigosos, "muitos deles lançados de forma selvagem em zonas mais ou menos escondidas, com manifestos prejuízos para a qualidade de vida das populações, e cuja eliminação jamais poderia passar pelas soluções que tratam os resíduos sólidos urbanos". Para monitorizar o seu funcionamento será criada uma Comissão de Acompanhamento, com responsáveis autárquicos e técnicos ambientais.

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