sábado, 18 de abril de 2009

Redução de 70% bastaria para salvar gelos do Árctico


De acordo com um estudo científico divulgado no dia 15 de Abril em Washington uma redução de 70% das emissões de gases com efeito de estufa, sobretudo de CO2 durante este século bastaria para reduzir para metade o aquecimento no Árctico. Isto poderia ajudar a preservar as pescas e as populações de aves marinhas e de animais polares, como os ursos polares.

“Se o mundo conseguir diminuir as emissões de gases nessa proporção poderemos estabilizar a ameaça apresentada pelas alterações climáticas e evitar uma catástrofe” explicou Warren Washington, investigador do National Center for Athmospheric Research (NCAR) e principal autor do estudo.

A temperatura média da Terra subiu quase um grau Celsius desde a era pré-industrial (meados do século XIX). Esse aquecimento deveu-se às emissões de gases com efeito de estufa, e sobretudo de dióxido de carbono (CO2). Os gases com efeito de estufa na atmosfera passaram de 284 partes por milhão (ppm, unidade de medida) no meio do século XIX, para mais de 380 ppm actualmente.
As últimas investigações indicam que um aumento suplementar de um grau Celsius da temperatura poderá desencadear uma alteração climática perigosa.
A taxa de CO2 na atmosfera se não for limitada a 450 ppm no final do século, um nível considerado exequível, a subida das temperaturas será quase quatro vezes maior aos 0.6 graus Celsius previstos até ao fim do século em caso de redução.
A subida dos oceanos será de 22 centímetros e de 14 centímetros na segunda hipótese.
A redução do volume dos gelos árcticos será de pelo menos 75 por cento e não de cerca de 25 por cento no Verão para se estabilizar até 2100.
Perante o risco de um cenário desastroso, a União Europeia já decidiu reduzir drasticamente as emissões de CO2.
O presidente norte-americano, Barack Obama, por seu lado, propôs reduzir as emissões de CO2 para 14 por cento do nível de 2005 e para 83 por cento até 2050, através de um mercado de direitos de poluir.

Após o que foi dito, não acho correcto que digam de forma tão simples que o desaparecimento do gelo no Árctico "poderá ser uma bênção, para os países que pescam mais para o topo do mundo" e que "outras plantas e animais, como os ursos polares, podem é ter neste desaparecimento dos gelos o seu momento final", quando podemos também nós, seres humanos, estar a caminhar para a extinção.
Como ficou demonstrado, o aumento de emissões de gases com efeito de estufa e sobretudo de dióxido de carbono (CO2), é muito mais nocivo do que algumas "vantagens" que poderão advir do degelo das calotes polares (maior facilidade em chegar a alguns recursos naturais nas zonas costeiras, como minerais e gás natural, ou petróleo).

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