terça-feira, 21 de abril de 2009


Campanha Geração Verde apela a um greening da sociedade e dos negócios


O Dia da Terra marcará, este ano, o início da Campanha Geração Verde (Green Generation), uma iniciativa de dois anos que culminará com o 40º aniversário do Dia da Terra em 2010. Similar à campanha «A Melhor Geração», que enfrentou o desafio da II Guerra Mundial, e que inspirou as grandes mudanças que se seguiram na sociedade, a Green Generation inclui pessoas comuns que estão envolvidas em actividades individuais ou colectivas para melhorar a sua saúde, as suas escolas, e para participarem na construção de uma solução para as questões urgentes, nacionais e globais, tais como as alterações climáticas e a crise mundial da água.


Com as negociações em curso para se alcançar um novo acordo climático global em Dezembro, a campanha pretende ainda chamar a atenção para um futuro sem carbono, baseado nas energias renováveis, para um consumo responsável e sustentável e para a criação de uma economia verde que tire as pessoas da pobreza, criando milhões de empregos verdes de qualidade, e que torne também verde o sistema de educação global. era dedicada a toda uma nova forma de viver e fazer negócios de forma sustentável.


Debaixo do chapéu da Green Generation, centenas de eventos foram planeados em escolas, comunidades, aldeias, vilas e cidades. A campanha é aberta a todas as pessoas, de todas as idades e nacionalidades, desde que sejam consumidores comprometidos a «comprar verde». Também as empresas terão um papel de liderança determinante na campanha, particularmente aquelas que reconhecem que o seu futuro sucesso está ligado a produtos sustentáveis e procedimentos socialmente justos.



Energia lidera greening da economia
A luta contra as alterações climáticas, através da criação de uma economia de baixo carbono, veio para ficar. Vive-se agora a era das tecnologias limpas e dos produtos renováveis e com elevada eficiência energética. É aqui que radicam os negócios do futuro nos sectores do ambiente e da energia. Os investimentos em tecnologias limpas aumentaram 44 por cento em 2007, alcançando cinco mil milhões de dólares, indica um relatório do Cleantech Group LLC.
No sector das energias sustentáveis, os novos investimentos superaram os 148 mil milhões de dólares em 2007, o que representa um crescimento de 60 por cento em relação a 2006, segundo o relatório Global Trend in Sustainable Energy Investment 2008. Estes valores vão continuar a engordar nos próximos anos. As previsões mais recentes da Agência Internacional de Energia referem que o mundo precisa de um investimento superior a 26 biliões de dólares nos próximos 20 anos para garantir um nível adequado de oferta de energia.
Portugal não foge às tendências actuais e futuras. Os negócios mais promissores estão também associados às tecnologias limpas. O sector da energia é o campeão dos investimentos, estimando-se que absorva 18 300 milhões de euros até 2014, com destaque para as energias renováveis com metade desta fatia. Portugal chegou a Novembro de 2008 com 43,3 por cento da electricidade produzida a partir de fontes de energias renováveis (FER). Os números constam das estatísticas rápidas publicadas, em Fevereiro, pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).



Eólica assegura quase metade da energia limpa
Segundo aquele documento, naquele mês a capacidade instalada para a produção de FER era de 8084 MW. O acréscimo da potência instalada relativamente a Outubro (que era de 8052 MW) ficou a dever-se à entrada em funcionamento de quatro novas centrais – duas eólicas, uma mini-hídrica e outra fotovoltaica. Para além disso, verificou-se um reforço de potência em dois parques eólicos já existentes.
A energia eólica apanhou bons ventos em 2008. Em 2007, o peso da eólica no total da produção de electricidade a partir de FER era de 24,6 por cento, tendo aumentado para 37,6 por cento em Novembro do ano passado. De Janeiro a Novembro de 2008, o crescimento deste tipo de energia foi de 38 por cento. Neste último mês, a potência instalada em Portugal Continental era de 2771 MW, responsável pela produção de 4938 GWh (de Janeiro a Novembro), distribuídos por 168 parques, com uma potência média de 16,5 MW. A meta estabelecida pelo Governo, para 2010, é de 5700 MW.

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