A construção de um parque eólico em Freiria, concelho de Torres Vedras, está a provocar o protesto dos moradores dos arredores que acusam a empresa de montar aerogeradores nas proximidades das casas.
A câmara de Torres Vedras afirma que o parque eólico cumpre a legislação e está licenciado mas os moradores (mais de meia centena) subscreveram um abaixo-assinado a contestar a proximidade de dois aerogeradores em relação às suas habitações.
No abaixo-assinado os moradores alertam que «tendo em conta a proximidade que os dois aerogeradores estarão do perímetro urbano (inferior a 300 metros), poderão ser vítimas de uma tragédia».
É o caso de Conceição Antunes, primeira subscritora do abaixo-assinado e residente na casa que se encontra mais próxima das torres eólicas, a cerca de 250 metros. «Fiquei indignada quando vi que o aerogerador irá ficar mesmo por cima da minha casa, porque em caso de explosão ou queda de algum equipamento quem leva com os destroços somos nós», disse à Lusa.
Os habitantes alegam que dois dos cinco aerogeradores vão ser instalados a 250 metros das casas (distância calculada em linha recta), quando a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo recomenda uma distância mínima de 300 metros em relação aos perímetros urbanos.
Contactado pela Lusa, o presidente da câmara, Carlos Miguel, esclareceu que «não existem distâncias regulamentadas e o que existe é uma recomendação». Como cumpre a legislação, o parque eólico foi devidamente licenciado, por isso a autarquia «não vai alterar o que foi licenciado», disse o autarca.
A empresa Eólica Terras do Mato S.A. não quis prestar esclarecimentos, contudo no processo de obra entregue na autarquia os responsáveis afirmam que os aerogeradores mais próximos das habitações estão a 328 metros de distância, uma vez que é preciso ter em conta a «orografia do terreno e a altura a que se encontram as torres».
Os moradores receiam ser também incomodados com o ruído provocado pelo funcionamento das torres eólicas, apesar de o projecto cumprir a legislação, recordam autarquia e promotor. O abaixo-assinado vai ser enviado ao Governo Civil de Lisboa, Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Torres Vedras.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
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