Ambiente: Ministro destaca 'extrema importância' da Unidade de Triagem Automática da Valnor

O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, destacou hoje a “extrema importância” da entrada em funcionamento da Unidade de Triagem Automática (UTA) de embalagens leves (plásticas e metálicas) da empresa Valnor.“É um contributo muito significativo para darmos passos na política de reciclagem e valorização dos resíduos de embalagens”, declarou o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, em declarações à agência Lusa.A Valnor, empresa responsável pela reciclagem de lixo no Norte Alentejano, investiu 1,5 milhões de euros neste equipamento, hoje inaugurado pelo titular da pasta do Ambiente na zona de Avis e Fronteira (distrito de Portalegre).A unidade é composta por um sistema automatizado de separação de plásticos e metais, por fluxo óptico.Esta triagem automática apresenta-se como uma inovação tecnológica, que introduz duas vantagens face ao habitual sistema manual.Uma maior eficiência na separação dos materiais e melhores condições ambientais e de segurança nos processos operativos são as vantagens apresentadas pela UTA.“Este sistema vem reforçar a capacidade de reciclagem e valorização das embalagens. Só para dar um exemplo, este equipamento vai permitir à Valnor um aumento de eficiência de quinhentos por cento na capacidade de fazer a triagem deste tipo de embalagens”, observou o ministro.De acordo com Nunes Correia, a “ideia negativa” que existia relativamente aos resíduos como desperdícios, como alguma coisa que se ponha de parte, está hoje a “mudar”.“Hoje, cada vez mais, todos compreendemos que aquilo a que nós chamamos resíduos são matérias-primas de imenso valor e geradores de actividade económica”, considerou.Este equipamento está enquadrado nos objectivos preconizados no Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos II, tendo em vista o cumprimento das metas comunitárias de reciclagem e valorização de resíduos de embalagens.A UTA da Valnor é a segunda a ser instalada no país, encontrando-se a primeira em Lisboa nas instalações da empresa Valorsul, responsável pelo tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos produzidos nos municípios de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira.O administrador-delegado da Valnor, Pinto Rodrigues, explicou à Lusa que este investimento surgiu na sequência da “grande receptividade” que existe por parte da população para a recolha selectiva de lixos, o que levou a empresa a optar por este método.“Como existe uma grande receptividade para a recolha selectiva, a unidade que nós tínhamos, essencialmente manual, não conseguia dar respostas, então avançamos para esta solução”, explicou.Na triagem manual trabalhavam nos dois turnos diários dez pessoas. Na triagem automática, com apenas um turno vão laborar dez pessoas.“Nós vamos manter os postos de trabalho e se tudo correr como previsto esse número poderá duplicar até ao final do ano”, garantiu.A Valnor é a empresa responsável pela gestão, valorização e tratamento dos lixos produzidos em 19 municípios, 15 deles do distrito de Portalegre, aos quais se juntam Mação, Sardoal e Abrantes (Santarém) e Vila de Rei (Castelo Branco).A empresa tem como accionistas a Empresa Geral de Fomento, detida em 100 por cento pela Águas de Portugal, representando 51 por cento do capital, e os 19 municípios que abrange, com os restantes 49 por cento.