sexta-feira, 27 de março de 2009

Sete cidades portuguesas às escuras na “Hora do Planeta”


Lisboa, Tomar, Águeda, Vila Nova de Famalicão, Funchal, Almeirim e Guimarães vão poder ser vistas, este sábado à noite, sob uma nova luz – a das estrelas. Portugal é um dos países aderentes à iniciativa “Hora do Planeta”, organizada pela World Wide Fund Nature (WWF), cujo objectivo é diminuir a emissão de dióxido de carbono (CO2), e lutar contra o aquecimento global, apagando as luzes das 20h30 às 21h30.
A WWF prevê que, amanhã, 1000 milhões de pessoas participem no apagão mundial, num total de cerca de 3000 cidades envolvidas, o triplo do objectivo inicial de ter 1000 cidades envolvidas na edição deste ano. Monumentos, empresas, hotéis e figuras públicas portuguesas aderiram à iniciativa e vão desligar as luzes durante uma hora. Só os hotéis Sheraton, em Lisboa e no Porto, prevêem uma poupança efectiva de 260 KW e de 120 kg de emissões de CO2.
Em comunicado, a organização adianta que a Federação Portuguesa de Futebol também vai colaborar na divulgação da “Hora do Planeta”, que coincide com a hora do jogo Portugal – Suécia (tem início às 20h45), passando a mensagem de luta contra as alterações climáticas em pleno estádio do Dragão.
A iniciativa pretende lutar contra um cenário que está cada vez mais perto. De acordo com os resultados do SIAM "Climate Change in Portugal: Scenarios, Impacts and Adaptation Mesures”, o projecto de referência em Portugal sobre alterações climáticas, os impactes das alterações climáticas vão acentuar-se na Europa do Sul, até ao final do século.
Em Portugal, o resultado da contínua emissão global de gases com efeito estufa poderá traduzir-se na redução da precipitação (cerca de 100 milímetros até ao final do século); num aumento da temperatura (entre 3 a 4 graus); num acréscimo no risco de incêndios florestais e do risco de sustentabilidade da agricultura, que ficará mais dependente dos sistemas de irrigação; numa maior pressão sobre os recursos hídricos; e num aumento do nível médio do mar (aproximadamente 50 centímetros).
In: Portal Ambiente Online, 27-03-2009

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