Os Estados Unidos estão disponíveis para assinar um acordo sobre o clima até ao fim do ano, disse o enviado especial norte-americano para as alterações climáticas, Todd Stern, à chegada a Bona para participar na primeira de várias reuniões sobre o tema sob a égide das Nações Unidas.
“Estamos comprometidos com todas as nossas forças e com fervor no processo de negociação” de um novo acordo multilateral nos próximos meses até à conferência de Copenhaga, disse o emissário durante uma conferência de imprensa.
“Voltaremos à mesa [das negociações] com energia e [espírito de] compromisso (...) mas não faremos tudo sozinhos”, declarou, num aviso entre outros aos principais países desenvolvidos que também têm responsabilidades.
“A questão fundamental desta negociação é reflectir sobre acções susceptíveis de guiar os países em desenvolvimento na luta” contra o efeito de estufa. “Não irão simplesmente até onde a ciência vos manda sem a China e outros países”, precisou Todd Stern.
Os cientistas recomendam uma redução para metade pelo menos das emissões mundiais de CO2 até 2050 em relação a 1990. A China e as grandes economias emergentes não submeteram até hoje às reduções das emissões dos gases com efeito de estufa, contrariamente aos países desenvolvidos partes do Protocolo de Quioto. Argumentando com este desequilíbrio, os Estados Unidos não assinaram o tratado cuja primeirea fase termina no fim de 2012.
A reunião de Bona, prevista para até ao dia 8 de Abril, constitui a primeira de uma série de pelo menos três sob a égide das Nações Unidas e a primeira saída internacional da nova delegação da Administração do Presidente Barack Obama para as alterações climáticas.
Referindo-se ao encontro, que reúne delegados de 175 países, o secretário executivo da Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, Yvo de Boer, disse não se tratar de um processo de negociação mas de “uma plataforma de discussões muito preciosa e muito útil [...] que deve ajudar a clarificar posições” com vista à conclusão de um novo acordo mundial sobre o clima, em Dezembro, em Copenhaga.
“Sugiro que este grupo discuta também o financiamento” da luta contra o aquecimento e a adaptação a estes impactos pelos países mais pobres, afirmou.
In, Público.pt
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