A águia-imperial (Aquila adalberti), apesar de ser uma das espécies mais vulneráveis na Lista Vermelha da UICN (União Mundial de Conservação), está a recuperar em Espanha. De 38 casais em 1974 passou para 253 em 2008, segundo um estudo de monitorização ibérico.
“O trabalho [publicado recentemente na revista “Oryx”] mostra que a espécie recuperou e que tem uma boa capacidade de resposta às acções de conservação”, comentou Santi Mañosa, um dos autores do estudo e investigador da Universidade de Barcelona, citado pelo “El Mundo” online. A mortalidade precoce dos indivíduos adultos devido, sobretudo, à electrocussão em linhas eléctricas e ao uso de venenos para controlo de predadores, tem sido uma das razões para que esta ave tenha tido dificuldades em aumentar as suas populações. O investigador considera que é essencial a conservação dos habitats, para que a ave possa nidificar e caçar. Segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, devem existir em Portugal entre dois a cinco casais de águia-imperial, na zona do Vale do Guadiana, no Alentejo Central e na Beira Baixa. No entanto, no ano passado apenas um conseguiu nidificar e reproduzir-se com sucesso. Os principais factores de ameaça são o envenenamento, a perseguição directa e a perturbação dos locais de nidificação. No final de Fevereiro foi encontrado morto, abatido a tiro, na área do Vale do Guadiana, o macho do único casal de águia-imperial que nidificou com sucesso em Portugal em 2008.
In "Público", 24/03/09
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